...resolvi sentar e escrever. Mas escrever algo com alguma estrutura.
Não verdade não fui eu, foi meu eu-lírico que não é parnasiano, mas pensa que é...
Bom, eu escrevi e ficou uma, com o perdão da palavra, bosta. Daí já viu, esmerilhei a bagaça, mais ou menos, fui moldando enquanto a argila ainda estava fresca, e saiu o que saiu.
Ao invés de "coração" era "espírito", mas a troca foi irresistível.
Veja a situação: comendo miojo e ouvindo Los Hermanos... Tô mal, viu... Hehehe...
É, eu tô fudido. Puto. E estou ficando louco. E é responsabilidade minha.
Já me insultei bastante. Fico por aqui. Como sempre. E só - nos dois sentidos.
Uma leve garoa para um coração em chamas (20/11/2006)
Lucas do Carmo Lima
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Nebuloso, como o horizonte
nesses dias de chuva forte,
erra por um caminho de sorte
que só a pacata passividade
há de garantir...
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Eis que então, ao bater de fronte,
um olhar frio como a morte,
sem convite, abre o corte,
que explode em perplexidade,
no céu a ruir...
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Inerte, ruma para a ponte,
que talvez aponte para a sina ou entorte
o caminho em direção a outro norte,
a deixar, assim, aquela bizarra imagem na saudade
e começar a partir...
Já diziam os antigos...
"A história do nosso desejo é uma história longa e difícil, quase sempre à revelia da nossa prória história, que por isso mesmo nos fala, e diz, do mistério de nós." Isabel Leal, psicóloga