Olhando para o chão enquanto ando
Triste quando sentimos perder alguém.
Triste como quem cai no chão e não sabe onde tropeçou - se bicho, se pedra, se homem, se mágoa.
A cada lágrima seca que desliza na face calma
Um punhado de culpa acena para o espelho
E, no espelho, há um outro:
Se pedra, bicho, mágoa, ou homem, não importa!
Um outro perplexo pela perda antevista com descuido.
Não se sabe d'onde vem, pr'onde olhar, que fazer
Só se sabe perder - talvez, nem isso...
Que buscar dentro de um armário que é seu,
Mas que você não lembra de ter visto?
(É meu este armário?)
Quantas portas mais forem abertas, mais restos de razão escorrerão
Pelas frestas da madeira ressequida.
Que mais, que não luz, falta nessa descida
Morro abaixo até uma saída?
OBSERVAÇÃO
Farei um blog mais feliz daqui pra frente. Não 100% - não creio ser possível um blog assim, a menos que fosse totalmente monotemático e artificial.
E espero estar acompanhando a realidade objetiva enquanto o faço aqui, dentro desse quadrado de papel virtual.