quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Quase um mês!

Quase um mês, povo...
Que falta pra começarem as férias...
Que faz que minha vida tomou rumo...

Chega de divagar, né verdade?
Hoje eu vou colocar um poema meu, quase meia boca, que eu fiz um dia aí.
Vejam se gostam. Na verdade, se alguém ler, já estarei feliz, porque nunca vi tão pouca gente visitar essa espelunca. E isso contando eu!

Bom, até mais!
Encontro


Lucas do Carmo Lima

Olho, da janela,
Uma cena sinistra:
A noite está clara
Mas sombria...
Seguem, as nuvens,
Uma marcha lenta...
Vão rumo ao longe...
O horizonte está limpo,
Continua a noite normal,
As nuvens, fúnebres, andam
Acima do céu.
A lua está firme
E empresta sua força
A essas nuvens errantes...
É o candeeiro pelo caminho.

A noite não parece noite,
Não parece tão tarde...
As ruas continuam vivas,
Os apartamentos continuam acesos.
Mas é noite, e soberana.

As preocupações que brotam do chão
As perseguições perturbadas
Não levantam nem poeira...
É a hora da noite brilhar!
As nuvens não ligam pra nada,
Elas andam e só...
Andam acima das cabeças
E dos edifícios e das idéias...
E também não se ocupam de andar
Nem se preocupam em andar...
Só andam e é tudo que acontece.

Entre as nuvens e as estrelas
Não há nada,
Mas elas nunca vão se encontrar.
As nuvens não sobem...
Elas vão em frente!
Às nuvens não importam
Aquelas estrelas.
Aquelas estrelas vão continuar lá
As nuvens, aqui.
Às nuvens vem o vento
E o vento é tudo de que precisam...
As estrelas são belas
As estrelas são místicas
As estrelas são formidáveis!
Mas quem acompanha as nuvens
É o vento.
É o vento que tirou as nuvens
Do marasmo
E as colocou em movimento!
É a companhia que vale mais
Que mil admirações!
Companheiro admirável...

As estrelas são até poéticas
Mas que fiquem por lá, paradas,
Com seu movimento que não se vê
E aquela luz que não ilumina...

O vento é diferente.
O vento está aí
- é só soprar que ele aparece!
Ele não precisa da noite,
Dispensa a luz...
O vento que mexe as nuvens
Vale mais que mil desejos vãos...

O vento faz o andar das nuvens
Nesta noite sinistra, mas linda,
Onde a lua espia o encontro mais lindo
E o encontro mais livre!
Entre o vento as nuvens, não há nada.
Não há nada que os separe.
Não há nada que pare
O vento e as nuvens.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lucasboy! Eu li! heheheh
Passei por aqui e li o poema... Bom companheiro o vento, mesmo... Boas companheiras também as estrelas.. Só que as estrelas são paixão platônica... Lá longe... Distorcidas... E o vento é amigo. Às vezes traz um cisco aos nossos olhos, mas também um leve aprochego seu tira-o de lá.
Beijo, moço!